Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

EXTRATO DE PLANTA PODE SER EFICAZ NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE

Paraense é destaque em prêmio científico


O extrato de uma planta amazônica pode ser eficaz para o tratamento da leishmaniose. Essa é a constatação da pesquisa de Raquel Raick, aluna do curso de Biomedicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) e bolsista do Programa de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Raquel e Edilene Oliveira da Silva, professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA e orientadora da pesquisa, foram vencedoras do 8º Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, promovido pelo CNPq.Entre os 43 inscritos para o prêmio na área de Ciências da Vida, Raquel Raick foi a terceira colocada e será premiada com a quantia de R$ 3,3 mil, amanhã, em uma cerimônia a ser realizada na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a abertura da Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas estejam, atualmente, infectadas pelo protozoário Leishmania, o agente causador da leishmaniose, que é transmitida pela picada de um inseto denominado flebotomíneo. A pesquisa de Raquel investigou a ação do extrato da planta típica da flora amazônica pertencente à espécie Physalis angulata no combate ao protozoário Leishmania amazonensis. Em geral, a leishmaniose provoca úlceras ou lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta. O tratamento da doença é extremamente tóxico, de modo que a descoberta da eficácia de uma planta, um elemento natural, para a reversão dos sintomas, tornaria o processo de cura menos traumático. A intenção é que as pesquisas possibilitem a futura confecção de um medicamento manipulado.

Esta é a primeira vez em oito anos que uma aluna da UFPA está entre os vencedores do prêmio. “Para mim, a premiação se traduz em reconhecimento e me sinto honrada em representar a Amazônia e a Região Norte”, diz a aluna. Concluinte do curso de Biomedicina, Raquel já pensa em seguir carreira acadêmica e sair da graduação direto para o mestrado. Para a orientadora Edilene Silva, o título traz status à iniciação científica da UFPA, muitas vezes afastada do eixo Sul-Sudeste de produção científica. “Este prêmio mostra que o Norte produz, sim, e produz pesquisas de qualidade, além de chamar atenção para a riqueza da biodiversidade da Amazônia, que guarda potenciais imensuráveis para o aproveitamento científico”, afirma.

PIBIC

Atualmente, a UFPA possui 815 estudantes de graduação participando do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica). O diretor de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, professor Antônio Carlos Vallinoto, diz que a premiação de Raquel Raick serve de estímulo para que outros estudantes sigam o mesmo exemplo. “O fato de a pesquisa receber um prêmio de amplitude nacional indica que o projeto tem mérito. Os resultados podem ser publicados facilmente em periódicos conceituados da área. A publicação e a divulgação dos resultados de uma pesquisa são metas importantes na ciência”, sintetiza Vallinoto. (Diário do Pará)

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