Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sábado, 27 de agosto de 2011

Leishmaniose: O que podemos fazer por nosso cão?



VALÉRIA AROUCHE

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), conhecida também por “doença calazar”, é uma zoonose grave que atinge principalmente cães e raramente roedores e gatos (estes servem como hospedeiros intermediários), transmitida por um protozoário chamado Leishmania chagasi, que pode levar o cão a morte. A forma de transmissão de um animal para outro e para o homem se dá pela picada do mosquito da espécie Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como “mosquito palha”. O período mais crítico para o aparecimento do mosquito é ao amanhecer e no final do dia, sendo que os animais mais expostos são os de pelo escuro e curto.

Uma vez infectado, a doença pode se manifestar logo a partir de 2 semanas, ou pode permanecer assintomática por anos. Os principais sintomas são: perda de peso com ou sem falta de apetite, apatia, perda de pelos, feridas que demoram a cicatrizar (principalmente em região de orelhas, focinho, membros e cauda), descamação da pele, anemia, infecções oculares, crescimento exagerado das unhas, aumento do abdômen, e em alguns casos vômito e diarréia. O Ministério da Saúde proíbe o tratamento da leishmaniose canina com o uso de medicamentos humanos, mas a Organização Mundial de Saúde não recomenda o sacrifício dos cães como forma de controle, uma vez que existe tratamento para a doença, desde que haja o acompanhamento e responsabilidade do médico veterinário.

Existem vários protocolos de tratamento, sendo alguns realizados até mesmo na casa do proprietário, com o uso de medicamentos orais, mas vale ressaltar que na maioria dos casos não se obtém a cura, e sim a sobrevida com qualidade dos animais infectados. E como prevenir? As formas de prevenção mais eficazes incluem a proteção dos animais contra o mosquito transmissor da doença, com o uso de coleira repelente (que deve ser trocada a cada 6 meses) e vacinação contra a doença, que deve ser realizada em cães soronegativos, com 3 doses iniciais e reforço de uma dose anual. O uso de produtos anti-pulgas e carrapatos com ação repelente contra mosquitos também ajuda.

Devemos pensar também no ambiente, que deve estar sempre limpo, e em alguns casos usar no canil uma tela protetora de mosquitos. Quando o cão for diagnosticado soropositivo, e o proprietário decidir pelo tratamento, é importante tomar todas as medidas de segurança, especialmente com acompanhamento veterinário, uma vez que provavelmente o cão será sempre um portador da doença. Cuidar de nossos amigos de quatro patas, dando a eles principalmente atenção e carinho. Essa é a melhor prevenção contra a leishmaniose e outras doenças transmissíveis.

Até mais,

Valéria Arouche
valeria.arouche@ig.com.br

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