Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Montes Claros - Mais informações sobre a Campanha contra a Leishmaniose na cidade

Mais Saúde

Prefeitura leva informações às
ruas no combate à Leishmaniose

Por: José Wilson Santos

A Leishmaniose Visceral, ou Calazar, é uma doença fatal para os cães e pode levar humanos à morte, em 90% dos casos, caso não seja diagnosticada e tratada a tempo. A doença é transmitida pela fêmea do mosquito Flebótomo, também conhecido como mosquito Palha e Cangalhinha. Ele pica cães contaminados, contrai o parasita Leishmania e o transmite ao homem. Não há cura para o cão contaminado, que precisa ser sacrificado pela Vigilância Sanitária. Entre 1990 e 1994, mais de 80 mil animais foram sacrificados no Brasil.

Essas e outras informações sobre a doença e as formas de controle e prevenção estão sendo levadas à população nas ruas, pela Prefeitura de Montes Claros, durante a Semana de Prevenção à Leishmaniose -- de 22 a 27 (sábado) de agosto. O trabalho informativo desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde, através de blitze educativas nas principais vias da cidade, chama atenção das pessoas para o perigo e para a responsabilidade de participarem do processo preventivo.

A blitz educativa desta quarta-feira (24/08) foi nos semáforos da Ponte Preta, com abordagem de motoristas e passageiros e entrega de material didático contendo informações sobre a doença e as formas de prevenir. Faixas estrategicamente afixadas complementam o trabalho. Na quinta-feira, a blitz será na Avenida Francisco Gaetani, no Major Prates; sexta-feira, 26, na Rua Doutor Santos, Centro. Hoje, o estante itinerante reforça as informações para clientes do Restaurante Popular (mercado central); quinta-feira (25) estará no Quarteirão do Povo, sexta-feira no Shopping Popular e sábado na Praça Doutor Carlos Versiane. “É a maneira de levarmos informações a um número maior de pessoas, porque Leishmaniose é uma doença perigosa e a população precisa saber como ajudar na prevenção”, destacou Jeziel de Quadros, chefe do CCZ.

A semana de prevenção será encerrada na manhã de sábado, com passeata pelos ruais centrais.

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

- Leishmaniose Visceral (Calazar) é causada pela Leishmania, parasita encontrado no sangue de animais infectados, como o cão, e que chega ao homem através de picada do mosquito Flebótomo (Palha ou Cangalhinha).

- Maioria dos cães portadores de Leishmaniose Visceral é aparentemente saudável, não apresentando sinais externos. Para ajudar no diagnóstico da doença, é essencial o cidadão permitir que a Vigilância Sanitária faça exame de sangue do animal, porque só assim o Calazar será identificado e o animal sacrificado como forma de controle.

- Os sinais externos de Calazar no cão são os seguintes: apatia; lesões de pele; queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas; emagrecimento; lacrimejamento (conjuntivite); crescimento anormal das unhas. Mas os cães podem ficar infectados por anos sem ostentarem esses sinais.

- No homem, os principais sintomas da doença são: febre durante muitos dias; perda de apetite; emagrecimento; palidez; tosse seca; fraqueza; pode haver aumento do volume da barriga, por crescimento do fígado e do baço. É necessário detectar a doença logo no início, para evitar complicações que levam à morte.

- O que fazer com o paciente suspeito? Ao perceber os primeiros sinais do Calazar, procure rapidamente o serviço de saúde para avaliação médica e, se necessário, realize os exames específicos. Se confirmada a doença, o tratamento e o medicamento são gratuitos. As pessoas doentes devem receber o tratamento o mais rápido possível.

- Como é feito o controle da transmissão da Leishmaniose? O controle é coordenado pelas secretarias de saúde através de realização de exame laboratorial para detecção e eutanásia dos cães contaminados; estímulo à limpeza dos quintais e lotes pela população; uso de inseticidas em situações específicas (já existe coleira com inseticida para proteger diretamente o cão); evitar formação de locais úmidos, com sombreamento excessivo e acúmulo de folhas e frutos no chão, fezes de animais, restos de matéria orgânica em geral. O Flebótomo cria-se no solo, sendo importante promover a poda das árvores, capina dos lotes e limpeza dos quintais, diminuindo assim os ambientes favoráveis aos criadouros. Elimine o lixo de forma adequada e mantenha sua casa e seu quintal sempre limpos. Não jogue lixo em lotes vagos.

- Saiba que existem leis que regulamentam as ações sanitárias. Assim, o não cumprimento pelos profissionais de saúde, proprietários de animais e demais cidadãos, das leis federal nº 6.437/77 e estadual nº 13.317/99, que regem as ações sanitárias para o controle de doenças, pode implicar em advertências e multas.

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