Grande Otelo

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Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

domingo, 18 de setembro de 2011

Bastos tem mais quatro casos de leishmaniose confirmados

Só no início deste mês Bastos teve quatro casos confirmados de pessoas com leishmaniose. Ao mesmo tempo, o inquérito canino em andamento apurou que dos 2.708 cães já submetidos a exames no Instituto Adolfo Lutz, 140 (5%) contraíram a doença. Dos infectados, 128 já foram sacrificados, conforme determinação do Ministério da Saúde e recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A coordenadora da Divisão de Vigilância à Saúde, Alice Akiko Tanaka, definiu a situação como "muito preocupante". Afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde deflagrou uma série de ações para conter o avanço da leishmaniose tanto em humanos quanto em animais e conclamou a comunidade para aderir a essa cruzada.

Com os quatro novos casos confirmados no início do mês, sobe para oito o número de soropositivos entre pessoas e para nove o número de casos de leishmanios, ocorridos desde julho de 2010. Essa diferença é explicada por uma reincidência. Os casos mais recentes são de dois moradores no centro, um no Jardim Esplanada e outro no Jardim Santa Luzia.

São três crianças e um senhor de 67 anos. Uma das crianças é a que contraiu a doença pela segunda vez neste ano – a primeira foi em fevereiro.

Akiko Tanaka explicou que "além de tornar a doença mais aguda, na reincidência o organismo do paciente adquire resistência medicamentosa, o que exige a administração de medicamentos mais fortes". Salientou que a situação é "muito preocupante" e afirmou que "a Secretaria Municipal de Saúde está empenhada e vem tomando todas as providências necessárias para reverter esse quadro".

"Guerra"

Ainda segundo a coordenadora, "a secretaria mantém uma equipe com 35 agentes comunitários de saúde, quatro aplicadores de inseticida, 13 agentes de controle de vetores, além de motoristas e outros profissionais envolvidos diretamente na guerra contra a doença".

Afirmou que há duas frentes de trabalho atuando a um só tempo. Uma responde pelo inquérito canino, que consiste na coleta de sangue de cães para exame e na eutanásia dos animais infectados. A outra é responsável pelo manejo ambiental, ou seja, serviços de podas de arbustos e árvores, limpeza de quintais e lotes.

É justamente neste aspecto que Akiko Tanaka conclama a comunidade para engrossar as trincheiras contra a leishmaniose. "As pessoas podem colaborar com medidas simples, porém decisivas, mantendo quintais e terrenos limpos, sem acúmulo lixo e de matérias orgânicas, como folhas, galhos e restos de madeira, que geram umidade. Esse é o ambiente preferencial do mosquito palha e ideal para sua reprodução", alertou.

Como medida emergencial de combate ao mosquito e de contenção dos casos da doença, a equipe de controle de vetores está aplicando inseticida específico em residências localizadas em raio de 200 metros das casas dos bastenses infectados. "A higienização dos quintais por parte dos moradores e sua permissão para que os agentes apliquem o veneno quando necessário são cruciais para o controle da leishmaniose", enfatizou.

A doença é transmitida pelo mosquito palha, também conhecido por birigui. A transmissão só ocorre em humano quando o mosquito picá-lo depois de picar um animal com leishmaniose.

InquérIto Canino

De acordo com o último balanço da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado na semana passada, até o início do mês 2.708 cães já haviam sido examinados e 140 (5% do total investigado) tiveram resultado positivo. Dos animais infectados, 128 já haviam sido submetidos a eutanásia.

A secretaria prossegue com a coleta de sangue em cães na área urbana para encaminhamento das amostras para o Instituto Adolfo Lutz. Esse trabalho, denominado inquérito canino, na atual etapa engloba os jardins Cerejeiras, Delta Ville e América e os parques das Nações e Residencial Vitória.

Os domicílios em que não são encontrados moradores voltam a ser visitados em horários alternados.

O inquérito canino foi deflagrado em dezembro de 2010, depois da confirmação de 15 casos da doença em cães, e terá continuidade até o fim deste ano, para quando está prevista a conclusão da coleta de sangue em todos os animais da zona urbana.

A estimativa da Divisão de Vigilância à Saúde é que o município tenha 7 mil cães. O órgão não tem o levantamento que aponte o número discriminado por zonas, urbana e rural.

Da Tribuna

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