Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sábado, 21 de abril de 2012


Homem morre com leishmaniose

O óbito refere-se a uma pessoa que havia sido contaminada pela doença em 2011; neste ano, apenas um caso foi registrado

Da Redação
Compartilhar via Facebook
Compartilhar via Google+

A Secretaria Municipal de Saúde informou ontem que, no mês de janeiro, foi registrada a primeira morte por leishmaniose em Bauru em 2012. Trata-se de um homem de 28 anos, morador do bairro Mary Dota. No ano passado, três pessoas morreram em decorrência da doença na cidade.
 
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, apesar do falecimento ter ocorrido neste ano, este caso fazia parte das estatísticas que apontaram pessoas infectadas pela doença em 2011, que também ontem teve mais um registro divulgado pelo município: o de um menino de 6 anos, morador do Jardim Silvestre, que foi tratado no Hospital Estadual (HE). Desta forma, no ano passado foram registrados 38 casos da doença em Bauru.
 
Já a confirmação do primeiro caso de leishmaniose referente a 2012 também foi feita à imprensa ontem, que é o de uma criança de 5 anos, do sexo feminino, moradora do Ferradura Mirim. Ela já recebeu tratamento no HE. 
 
Em relação à vítima fatal, a secretaria informou em nota oficial que o paciente também apresentava uma doença de base, o que fez com que a análise das causas da morte só fosse concluída neste mês.
 
A leishmaniose é transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis, mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, conhecidos comumente como mosquitos “palha”, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico.
 
Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais. No ambiente urbano, os cães fazem esse papel.
 
Os animais infectados pelo mosquito palha apresentam como principais sintomas o emagrecimento, crescimento das unhas e queda dos pelos. Febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez são alguns dos sintomas apresentados pelos humanos, quando infectados. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos.
 
Portanto, a Secretaria de Saúde ressalta que a manutenção da limpeza nos quintais, o acondicionamento correto do lixo orgânico (restos de comida, cascas de frutas, verduras e outros) são medidas preventivas contra a doença que devem ser tomadas pelos responsáveis  pelos imóveis com edificações ou não no município. 
 
 
 
Doenças de base
 
Conforme já informado pelo JC em matérias anteriores, a manifestação do protozoário que causa a leishmaniose ainda é muito discutida. Sabe-se que a parasitose se desenvolve com agressividade em humanos que possuem deficiências no sistema imunológico, crianças subnutridas ou desnutridas, idosos imuno-deprimidos e também em portadores de doenças de base como diabetes, hipertensão e aids.
 
Por outro lado, segundo informações do Departamento de Saúde Coletiva (DSC) da secretaria, quem possui sistema imunológico saudável pode conviver com o parasita por toda vida sem que ele se manifeste. Em alguns casos, pode-se até evoluir para um quadro de auto-cura.
 
“Quando o mosquito pica um humano que possui o sistema imunológico bom, o parasita acaba sendo atacado pelas células de defesa do organismo. Geralmente eles ficam em pouca quantidade, mas há relatos de pessoas que ficaram curadas”, disse o diretor substituto do DSC de Bauru, Flávio Tadeu Salvador, em matéria publicada no JC em abril do ano passado, quando foi divulgada a morte de uma criança de 1 ano por leishmaniose.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário