Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sábado, 2 de junho de 2012

Marilia - Ações sobre a Leishmaniose


Equipe de Saúde também está fazendo cadastramento de cães e gatos, assim como está orientando a população quanto ao manejo ambiental para evitar proliferação do vetor.

 A SMS (Secretaria Municipal da Saúde), por meio da Divisão de Zoonoses, iniciou nesta semana, no Parque das Nações, a realização de inquérito canino para o diagnóstico da leishmaniose em cães da cidade.
A equipe, que iniciou os trabalhos nesta semana, contará com 500 unidades de teste mensalmente. Marília teve diagnosticado em outubro do ano passado caso de LVA (Leishmaniose Visceral Americana) em uma criança moradora na zona norte da cidade.
Os exames estão sendo realizados por meio do TR DPP – Teste Rápido Dual Parth Platform (Plataforma de Duplo Compartilhamento, em tradução livre) – sistema que está sendo adotado a partir deste ano no Estado de São Paulo para a detecção da LVC (Leishmaniose Visceral Canina), e que pode informar o diagnóstico em cerca de 15 minutos.
O cão é o reservatório urbano do parasita (veja abaixo) Segundo o supervisor de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses da SMS, Lupercio Lopes Garrido Neto, os trabalhos de coleta de material em cães iniciaram na zona norte, onde foi encontrado o primeiro caso em humano. Foi realizado inquérito canino após a notificação do caso, mas não foi confirmada a presença de Leishmania chagasii (parasita) em cães.
Além do inquérito canino, a equipe de Saúde está realizando o cadastro de animais (cães e gatos), e fazendo a avaliação de risco dos imóveis. “É necessária a orientação dos moradores quanto ao manejo ambiental, de eles manterem os quintais e as casas limpas, sem lixo orgânico, pois o vetor da leishmaniose, o mosquito-palha ou birigui (Lutzomiya longipalpis) – diferente do Aedes aegypti, que se reproduz em água limpa e parada – se prolifera onde há dejetos orgânicos, como restos de comida, fezes de animais, folhas em decomposição”, alerta Garrido Neto. Nos dois primeiros dias de trabalho, a equipe de Saúde realizou exames em 45 animais.
O trabalho de inquérito deverá se estender pelos locais próximos às APPs (Áreas de Proteção Permanente) da cidade, a partir da zona norte, devendo ser priorizados os pontos em que a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) constatar a presença do inseto vetor da doença.
A SMS também realizou inquérito canino no ano passado, na zona leste da cidade, em região próxima a mata nativa. “A partir de agora, o trabalho de vigilância da doença com a realização de testes em cães deve ser contínuo, para que se faça a prevenção e, no caso de se detectar algum caso, sejam tomadas as devidas providências de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde”, destaca o supervisor. A DOENÇA A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero leishmania.
Há dois tipos de leishmaniose: a tegumentar ou cutânea e a LVA (Leishmaniose Visceral Americana) ou calazar. A leishmaniose é uma zoonose, ou seja, uma doença que afeta animais e seres humanos. O vetor, o Lutzomiya longipalpis (mosquito-palha ou birigui), transfere o parasita leishmania ao se alimentar de sangue de animais reservatórios infectados, para pessoas e animais sadios.
Os principais reservatórios nas áreas silvestres são as raposas e cachorros do mato, e nas cidades, o cão doméstico. No ser humano, o tipo cutâneo caracteriza-se pela formação de feridas na pele. Podem ocorrer lesões em mucosas. Já a LVA, forma mais severa da doença, se caracteriza por acometer vários órgãos internos, entre eles o fígado e o baço. No cão hospedeiro do parasita, pode haver crescimento exagerado das unhas,emagrecimento, aumento do volume do abdome, lesão em torno dos olhos e nas extremidades das orelhas.

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