Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Araguaína (TO) inicia projeto de encoleiramento em massa de cães para o controle do Calazar

Ação inédita no mundo leva à cidade de Araguaína-TO o encoleiramento de cães pelo Ministério da Saúde, visando reduzir a infecção em humanos e a morte de cães pela eutanásia
                                                                                                            
Araguaína foi contemplada com uma estratégia, inédita no mundo, para combater o avanço da leishmaniose visceral no Brasil (Calazar). Trata-se do projeto-piloto do Programa Federal de Controle da Leishmaniose Visceral (Calazar), cujo objetivo é um encoleiramento de cães com coleiras impregnadas com deltametrina a 4%, principio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde como uma das principais formas de controle da doença. A coleira é indicada como auxiliar no controle do inseto transmissor da leishmaniose (flebotomíneos), moscas e como auxiliar no controle de carrapatos e pulgas.

A cidade foi analisada pelo Ministério da Saúde e escolhida de acordo com a gravidade da doença em humanos. De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, de Araguaína, órgão responsável pelo controle de agravos e doenças transmitidas por animais, em 2011 foram confirmados 171 casos humanos, com 07 óbitos. A realização de 3.946exames preventivos em cães na cidade, em 2011, diagnosticaram 54% de casos caninos positivos.

“Nesse primeiro momento a cidade foi dividida em 2 áreas com características epidemiológicas semelhantes. Uma área receberá encoleiramento de 100% dos cães; a outra área será classificada como de controle da doença (não ocorrerá encoleiramento). As duas áreas serão intensamente monitoradas, explica a Dra Rosângela Magalhães Nunes, Diretora de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína . Os bairros contemplados para o encoleiramento em massa foram sorteados pelo Ministério da Saúde e serão: Aeroporto de Araguaína, Aeroviário, Alto Bonito, Bairro de Fátima, Eldorado, São João, Senador, Balneário Jacuba, Barra da Grota, Beira Lago, Belo Horizonte, Centro, Céu Azul, Dona Nélcia, Frimar, JK, Jardim América, Jardim Belo, Jardim das Palmeiras, Jardim das Palmeiras do Norte, Jardim Esplanada, Jardim Filadélfia, Jardim Itatiaia, Jardim Paraíso, Jardim Paulista, Jardim Pedra Alta, Jardim Santa Helena, Jardim Santa Mônica, Jorge Iunes, Monte Sinai, Nova Araguaína, Olyntho Hotel, Parque Primavera, Residencial Veneza, São Miguel, Setor Aeroporto, Setor Alaska, Setor Anhanguera, Setor Carajás, Setor Cruzeiro, Setor Itaipú, Setor Martim Jorge, Setor Oeste, Setor Palmas, Setor Santa Terezinha, Setor Tiúba, Setor Urbano, Setor Vitória, Tecnorte, Vila Aliança, Vila Azul, Vila Bragantina, Vila Nova, Xixebal. Cerca de 5.000 cães receberão a coleira em Araguaína (TO).

Para Marco Castro, profissional da saúde e Gerente de Produtos da MSD Saúde Animal, esse projeto é uma grande esperança para os proprietários de cães e para o serviço público,. ”A Leishmaniose Visceral é um problema de saúde pública. A coleira à base de deltametrina a 4 % repele e mata o mosquito transmissor da leishmaniose e a conscientização do uso da coleira é fundamental para controlar a expansão da doença”, completa Marco Castro.


O projeto-piloto do Programa Federal de Controle da Leishmaniose Visceral (Calazar) é uma ação inédita no mundo, que englobará 12 cidades em sete Estados brasileiros, nas quais bairros com transmissão intensa de leishmaniose visceral em humanos serão escolhidos para o estudo. Os estados já estão definidos - Piauí, Mato Grosso do Sul, Pará, Ceará, Maranhão, Tocantins e Minas Gerais -, e as cidades estão sendo avaliadas pelo Ministério da Saúde e serão contempladas inicialmente as regiões mais críticas da doença em humanos.


As coleiras serão distribuídas gratuitamente pelo governo, de casa em casa, acompanhadas por um exame de sangue de rotina nos cães, realizado regularmente para diagnosticar a evolução da doença na comunidade canina. A previsão do estudo é de 2,5 anos. No final do projeto piloto, os bairros controle também receberão a coleira. O encoleiramento em Araguaína terá início no dia 13 de setembro de 2012.


Sobre a leishmaniose:

Leishmaniose é uma grave doença de saúde pública por se tratar de uma zoonose de alta letalidade, que mata muitos cães e humanos no Brasil e no mundo. No Brasil, os casos são crescentes, inclusive com muitas mortes, mas infelizmente poucos conhecem a doença, pois é pouco divulgada e negligenciada. No Estado do Tocantins, segundo dados do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, foram notificados 1.205 casos humanos entre 2007 e 2010.
- A leishmaniose visceral (também conhecida como calazar) é uma doença de grande importância para a saúde pública por se tratar de uma zoonose de alta letalidade.
- Considerada um problema de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos.
- Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
- Há 12 milhões de pessoas infectadas no mundo.
- Pesquisadores estimam que nas áreas endêmicas, para cada humano doente, existam 200 cães infectados.
- É a segunda doença parasitária que mais mata no mundo, atrás da malária.
- Na América Latina, o Brasil registra 90% dos casos.
- De 3,5 a 4 mil novos casos por ano em humanos são registrados no País, sendo que em torno de 200 pessoas morrem por ano.
 - A doença está cada vez mais expandindo para grandes centros. Por exemplo, as regiões Norte, Sudeste e Centro Oeste, que até pouco tempo não tinham casos da doença, passaram de 26% do total de casos em 2001 para mais de 52% do total de casos em 2008.
 - O protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral é transmitido aos seres humanos através da picada de um inseto que também pode transmitir a doença ao cão doméstico.  O cão infectado contaminado serve de fonte de infecção para outros insetos que se alimentam do sangue dele, e esse fato dificulta o controle da doença no meio urbano, visto que o cão infectado contaminado pode permanecer sem sintomas por muito tempo. O cão é considerado o principal reservatório da doença em contato direto com humanos, porém ele não transmite a doença diretamente para o ser humano através da lambedura, arranhadura ou mordedura.
 - Apesar de classificada inicialmente como doença de caráter eminentemente rural, os desmatamentos e os processos migratórios, somados ao crescimento desordenado, tem sido apontados como os principais determinantes para a expansão e alteração do perfil epidemiológico da doença no Brasil, facilitando a urbanização.
 - No cachorro, o tratamento não é regulamentado pelo Ministério da Saúde. O sacrifício de animais para controlar a doença é bastante contestado, pois  gera muito  desconforto nos proprietários, que têm o animal como ente da família (questão social envolvida). No ser humano não há a cura parasitária, apenas a cura clínica, ou seja, a pessoa continuará infectada, porém depois de tratada pode não apresentar sintomas. Aqui, também vale ressaltar que os medicamentos para tratamento em humanos são cardiotóxicos, ou seja, alguns pacientes não toleram o tratamento.
- Os sintomas mais visíveis aos donos de animais são as feridas na pele, principalmente nas saliências ósseas e o emagrecimento acentuado, porém, os proprietários mais atentos perceberão também que o animal está diferente (abatido, fraco), sem apetite, com as mucosas pálidas (anemia), algumas vezes apresentando volume abdominal aumentado e o crescimento exagerado do tamanho das unhas. Nos humanos a doença provoca apatia, febre, perda de peso, anemia e um aumento acentuado no tamanho do baço.
 - Com vistas à prevenção, é de vital importância que os donos de cães ajudem no combate e controle da doença. Eles devem utilizar medidas que diminuam o risco do cão se infectar, como o uso de coleira impregnada com deltametrina à 4%, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como umas das formas decontrole da doença. Com a coleira, que possui efeito inseticida (mata o mosquito), o encoleiramento em massa demonstra diminuição de forma significativa da incidência da doença nos humanos e do uso de inseticidas, prejudiciais ao meio ambiente. O encoleiramento dos cães pelo Ministério da Saúde pode ser um grande avanço na  forma de controlar a doença. Além disso, essa ação pode evitar que o Brasil passe de uma situação endêmica para uma situação epidêmica, de descontrole. Atitudes simples, como a limpeza de quintais com a remoção de fezes e restos de folhas e frutos em decomposição, também ajudam a combater a doença, uma vez que o mosquito deposita seus os ovos em locais ricos em matéria orgânica.

Sobre a MSD Saúde Animal

Hoje a Merck (conhecida como MSD fora dos Estados Unidos e do Canadá) é a líder mundial em assistência à saúde, trabalhando para ajudar o mundo a viver bem.  A MSD Animal Health, conhecida no Brasil como MSD Saúde Animal e nos Estados Unidos e Canadá como Merck Animal Health, é a unidade de negócios global de saúde animal da Merck.  AMSD Saúde Animal oferece a veterinários, fazendeiros, proprietários de animais de estimação e governos a mais ampla variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas e soluções e serviços de gerenciamento de saúde.  A MSD Saúde Animal se dedica a preservar e melhorar a saúde, o bem estar e o desempenho dos animais, investindo extensivamente em recursos de pesquisa e desenvolvimento amplos e dinâmicos e em uma rede de suprimentos global e moderna.  A MSD Saúde Animal está presente em mais de 50 países, enquanto seus produtos estão disponíveis em 150 mercados.  Para mais informações, visite www.msd-saude-animal.com.br.  

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