Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

domingo, 30 de setembro de 2012


Leishmaniose é diagnosticada em 40% dos cães examinados em Dourados
Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012

Diário MS
COLEIRA repelente é uma das estratégias para espantar o mosquito transmissor da leishmaniose
Fabiane Dorta
Foram feitas este ano 498 coletas de sangue em cães com suspeita de leishmaniose em Dourados, para exame de comprovação da doença. Destes, em 40,9% o resultado foi positivo. O índice é considerado preocupante, não só pelo risco à saúde humana, mas também porque a orientação do Ministério da Saúde é que o destino dos animais contaminados seja a eutanásia.

Ainda é aguardado o resultado de 10 destas coletas que já foram encaminhadas ao Lacen (Laboratório Central), referência no exame em Mato Grosso do Sul. Já outros 204 cães foram considerados positivos para a doença em 2012.
Segundo Rosana Fernandes, diretora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), nem sempre é feita a eutanásia destes animais, já que a decisão fica a critério dos donos. No entanto, reitera que o tratamento medicamentoso aplicado nos animais para combater a leishmaniose apenas ameniza os sintomas, mas não extermina a doença.
“O animal é tão vitima quanto a gente, mas não existe ainda uma vacina contra a leishmaniose e a doença também não tem cura para os animais. O problema é que eles são reservatórios, por exemplo, se o inseto [flebótomo] picar um animal que tenha a doença pode levar para o dono da casa, toda a família fica vulnerável”, explica a diretora.
A eficácia na decisão do Ministério da Saúde em sacrificar os animais é frequentemente questionada por Ongs (Organizações Não Governamentais) ligadas aos direitos dos animais e profissionais de saúde. Uma das defesas é pelo tratamento e aplicação de vacina nos cães afetados. “Enquanto o Ministério não reconhece nenhuma vacina, nós temos que adotar o protocolo”, explicou Rosana.
A postura do CCZ é a conscientização dos moradores quanto os mecanismos deprevenção contra a leishmaniose, através do controle da proliferação do mosquito. “O inseto que transmite a doença não precisa de água, ele precisa de material orgânico em decomposição para se proliferar; por isso é importante manter sempre os quintais limpos”, orientou a diretora.
Ela lembra ainda que é possível denunciar ao órgão de forma anônima os moradores que não cuidam de seus quintais, para que agentes possam ir até o local orientar ou multar o proprietário do terreno, quanto necessário.
Quando detectado um caso é feita uma ‘borrifação’ no bairro e são instaladas armadilhas para descobrir o vetor da doença. Em Dourados, a maior parte dos cães contaminados foi detectada na região sudeste da cidade, próximo ao bairro Izidro Pedroso e parte do Jardim Santo André.

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