Grande Otelo

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Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

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Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Exames comprovam que cão não era portador de leishmaniose

Em julho, o Jornal da Manhã trouxe a história do proprietário de cachorrinha da raça shih-tzu, uma fêmea de quatro anos, que deu entrada no canil do Centro de Controle de Endemias e Zoonoses, buscando eutanásia. Ela teria sido encaminhada pelo Hospital Veterinário de Uberaba, onde recebeu diagnóstico positivo para leishmaniose, após exame sorológico. No entanto, três novos exames confirmam que o animal nunca foi portador da doença, que não tem cura.
À época, o veterinário do Centro de Zoonoses, Renato César de Almeida Delfini, afirmou que, conforme portaria federal nº 1.426, de 2008, e decreto municipal nº 1.909, de 1999, para animais com diagnóstico para leishmaniose o tratamento é ineficaz, sendo que a exigência do Ministério da Saúde é eutanasiar animais com exame positivo e sintomas clínicos. Porém, decisão do STF sobre o assunto diz que a aplicação da lei deve se dar após a realização de pelo menos dois exames laboratoriais confirmando a doença.
O veterinário do Centro de Zoonoses acusou a chefe do setor de negar a eutanásia no caso. Karina Helena Martins, entretanto, diz que não se negou a realizar o procedimento. Ela alega ter apenas orientado o tutor do animal de que são necessários dois resultados positivos para a realização da eutanásia, bem como informou a opção do tratamento do animal, que seria por toda a vida.
Embora exame do Hospital Veterinário de Uberaba tenha dado positivo, três outros resultados de testes realizados em laboratórios de Belo Horizonte foram apresentados pelo proprietário ao Departamento de Controle de Zoonoses. O dono do animal não poupou esforços e procurou até mesmo um dos exames mais caros que existem para comprovar o diagnóstico. Trata-se de exame que pesquisa a presença de anticorpos para leishmaniose através de material coletado da medula óssea do animal. Em ambas as técnicas os resultados deram negativo. “Por pouco um animal saudável foi eutanasiado no Centro de Zoonoses por falta de conhecimento por parte do veterinário”, afirma a chefe do canil, Karina Martins.
A advogada da Supra, Lourdes Machado, encaminhou ofício à Prefeitura Municipal solicitando a abertura de procedimento administrativo contra a atuação do funcionário do Centro de Zoonoses neste caso específico.

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