Grande Otelo

Grande Otelo
Tela feita pelo grafiteiro CRÂNIO, em apoio à campanha.

Apoio de várias celebridades

Apoio de várias celebridades
Hebe Camargo num lambeselinho em Grande Otelo, mascote da campanha.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Campanha “Diga não à Leishmaniose” completa 10 anos

A ação conscientiza a população sobre a importância de combater a doença, considerada um grave problema para a saúde pública


Há 10 anos, a campanha “Diga não à Leishmaniose” vem alertando a população brasileira sobre a importância de combater uma doença que cada vez mais avança no país: a leishmaniose visceral, também conhecida como calazar. Neste período, a ação atingiu milhares de brasileiros e vidas puderam ser salvas por meio da conscientização, informação e prevenção a esta patologia, que já é considerada um grave problema para a saúde pública.

Idealizada e coordenada por Marli Pó, assessora de imprensa e amiga de Clodovil Hernandes, a campanha nasceu a partir da suspeita de que Grande Otelo, um filhote negro da raça pug que Clodovil havia dado de presente a Marli, estaria com leishmaniose.

“Lembro como se fosse hoje, quando o telefone tocou em casa e Clodovil falou da necessidade do Otelo ser investigado sobre uma doença que eu nunca ouvira falar, e que infelizmente ainda não é tratada com a devida importância”, destaca Marli. “Os cães do Clodovil, pais de Otelo, haviam contraído a doença em Ubatuba. Como Otelo, mascote da campanha, viera de lá uns meses antes, existia a suspeita. Felizmente, o resultado dos exames deu negativo”. Desde então, Marli passou a pesquisar sobre a doença e os métodos de prevenção.

A leishmaniose visceral é transmitida por um mosquito-palha aos cães e ao homem, sendo fatal para os animais e podendo causar aos humanos uma série de alterações nos rins, fígado, baço e medula óssea, levando também ao óbito, se não diagnosticada a tempo de ser tratada. A patologia é a segunda doença parasitária que mais mata no mundo, atrás da malária. Na América Latina, o Brasil registra 90% dos casos e apresenta, por ano, 4 mil novas incidências em humanos e aproximadamente 200 óbitos. Em algumas regiões do país, os números apontam que a leishmaniose mata mais do que a dengue.

Pesquisas estimam que nas áreas endêmicas, para cada humano doente existam 200 cães infectados. No caso dos cães que contraíram a doença, a eutanásia tem sido recomendada no país, para controlar seu avanço.

A campanha “Diga não à Leishmaniose” existe com o objetivo de salvar vidas. Muito já se fez para a conscientização sobre a doença, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Vários eventos já foram organizados na intenção de alertar cada vez mais pessoas e a campanha recebe o apoio de diversos artistas conceituados e de entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil e o Rotary Saúde.

Nesta caminhada, a campanha também vem contando com o apoio da coleira Scalibor, que diminui o risco do cão ser infectado por combater o vetor da doença, auxiliando na prevenção e no controle do avanço desta zoonose. Em 2015, ano em que a campanha comemora seus 10 anos, ela lança o “Projeto Scalibor”, que busca alertar os proprietários de cães para encoleirarem seus animais, uma vez que a única forma de combater a leishmaniose visceral ainda é a prevenção

"Falar da campanha, é como falar de um filho, literalmente, pois ela foi desejada e gerada, em razão de uma vida que poderia ter partido, mas que foi salva. Desde que Otelo foi diagnosticado negativo, ele e todos os cães do Clodovil passaram a usar a coleira Scalibor, como uma forma de prevenir a leishmaniose", lembra Marli.

Para este ano, diversos eventos já estão programados junto aos apoiadores da campanha, com o objetivo de que uma grande conscientização se faça em todo o Brasil. O primeiro será o IV Multirão da Saúde e cidadania - Rotary Day, que acontecerá no próximo domingo, dia 12, junto ao Rotary Club, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, das 9 às 16 horas.

Leishmaniose no Estado Islâmico. Praga Bíblica?


Estará a Leishmaniose mesmo a ameaçar de morte o Estado Islâmico?


Estará a Leishmaniose mesmo a ameaçar de morte o Estado Islâmico?
legenda da imagem
Reuters

A notícia - festejada por muitos - surgiu nos media britânicos no início de abril e espalhou-se através dos tablóides do Reino Unido e das redes sociais, dando origem a novos artigos em vários países: o grupo Estado Islâmico estaria a braços com um surto de Leishmaniose, uma doença causada por parasitas que poderia, se não tratada, ser fatal.

Em Raqqa, a capital designada do grupo, na Síria, a doença estaria a afetar milhares de militantes (entre 2.500 segundo o Express e 100.000, segundo o Mirror, que por sua vez citava o Sun) e a ameaçar a própria sobrevivência do grupo.

O principal problema seriam as condições sanitárias em Raqqa, a par do calor, que potenciariam a proliferação de moscas da areia, portadoras do parasita. Este causa lacerações na pele que, não sendo tratadas, se podem transformar em chagas semelhantes a lepra.

A recusa de cuidados médicos não aprovados pela sharia estaria a agravar a situação dos militantes islâmicos. E estes teriam mesmo expulsado os Médicos Sem Fronteiras que se dispunham a ajudá-los.

Uma autêntica praga bíblica.

Foto: Reuters
Disparidade de números
A notícia do Express não referia fontes exceto um grupo internauta até agora desconhecido e a do Mirror citava apenas o Sun. Isso não impediu vários jornais de espalhar a informação, referindo uma das duas publicações como única fonte. Apesar da discrepância dos números referidos quanto aos militantes afetados.

Uma vez que o número total de militantes do grupo Estado Islâmico, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma das melhores fontes do que sucede na Síria, ronda os 50.000 combatentes, falar em 100.000 membros do EI afetados por Leishmaniose, sobretudo em Raqqa (onde, dizia por seu lado o Express, estarão 5.000 militantes), parece algo exagerado.

É certo que há fontes que estimam em 200.000 os membros do Estado Islâmico, na Síria e no Iraque. São números referidos em novembro de 2014 por Fuad Hussein, chefe de gabinete do Presidente curdo, Massoud Barzani, ao jornal The Independent.

Hussein incluía neste número pessoal de apoio, forças policiais, milícias locais, guardas fronteiriços, pessoal paramilitar associado aos diversos grupos de seguranças e recrutas. Espalhados por várias áreas dominadas pelo Estado Islâmico, tanto na Síria como no Iraque. E o surto de Leishmaniose é referido explicitamente na Síria e em Raqqa.

Se em relação aos números dos militantes afetados pela Leishmaniose existe tanta disparidade, que verdade haverá então na notícia?

Um dos maiores surtos de Leishmaniose na Síria surgiu em 2013 em Aleppo (Foto: Reuters)

Um dos maiores surtos de Leishmaniose na Síria surgiu em 2013 em Aleppo (Foto: Reuters)O "Mal de Aleppo"
De facto, a primeira vez que o perigo de um surto de Leishmaniose na Síria devido à guerra é referido como tal, data de janeiro de 2015. No dia 18 desse mês, o The Independent afirma que Washington alerta para o perigo do conflito e da quebra da rede de cuidados de saúde estatais terem deixado "áreas da Síria e do Iraque ocupados pelo ISIS (a sigla inglesa para o grupo Estado Islâmico) vulneráveis a surtos de doenças infeciosas".

O jornal cita como sua fonte o dr. Peter Hotz, um especialista em saúde mundial. Hotz refere que a Leishmaniose cutânea, uma "doença que desfigura, espalhada por moscas da areia" mas que "não é mortal", está já "fora de controlo na Síria" onde teriam sido identificados "pelo menos 100.000 casos".

"Estamos a ver mais de 100.000 casos da forma cutânea de Leishmaniose, que é conhecida na região como o 'Mal de Aleppo'. Isto está a suceder devido à proliferação de moscas da areia. O país sempre teve problemas com a doença e agora está fora de controlo. Não sabemos sequer a extensão real, porque a Organização Mundial de Saúde não pode ir em segurança para aquela área".

Em 2013 foi noticiado amplamente um surto de Leishmaniose em Aleppo. Também recentemente no Iraque surgiram surtos da doença, mas as autoridades afirmaram-se capazes de lidar com o problema, enviando medicamentos mesmo para zonas de conflito.

"Partes da Síria estão vulneráveis porque a recolha de lixo parou, o que permitiu às moscas da areia que transmitem a Leishmaniose proliferarem", referiu o dr. Hotz ao The Independent.

Em 2013 esta era a situação das ruas de Aleppo, cheias de lixo (Foto: Reuters)

Em 2013 esta era a situação das ruas de Aleppo, cheias de lixo (Foto: Reuters)Alerta de eclosão
"As redes de saúde pública pararam. Há quebras no fornecimento de água e na rede sanitária, quebras no acesso a cuidados médicos e no acesso a medicamentos. Tudo isto acontece ao mesmo tempo e é uma tempestade perfeita de acontecimentos."O perigo referido não se restringe à Leishmaniose. Um surto de MERS, o Síndrome Respiratório do Médio Oriente, causado por vírus semelhante à SARS, assim como um surto de Ébola, são admitidos na região.

"Sabemos que, se existe uma parte do mundo com esta mistura tóxica de pobreza e de conflito, vamos assistir a epidemias de doenças tropicais negligenciadas", diz o especialista, prevendo, em janeiro, que a próxima grande eclosão iria surgir nas áreas ocupadas pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque. O que não foi até agora confirmado por nenhuma fonte no terreno nem organismo mundial.

Em 2013, os médicos em Aleppo ainda podiam observar o surto de Leishmaniose que afetava a população. Atualmente receia-se que mesmos estes parcos meios já não estejam operacionais (Foto: Reuters)

O especialista alertava também o mundo para se preparar para um surto de epidemias na Síria e no Iraque.

Hotz é presidente do Instituto de Vacinas Sabine e é enviado da Casa Branca como especialista científico para desenvolver a capacidade de produção de vacinas no Médio Oriente e no Norte de África, acrescenta o artigo do The Independent.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Conscientização da leishmaniose, estará em evento de Graffite em São Bernardo do Campo - SP







INTIME GRAFFITI WRITERS 2015

O que é o In Time?

O In Time é um projeto que usa o skate,

esportes de ação e a cultura urbana

como ferramenta de transformação social

e cultural. Surgimos com o objetivo de

gerir e idealizar eventos; unindo esportes como skate, surf,

BMX, patins, slackline, com a cultura urbana e alternativa,

promovendo toda diversidade artística que envolve a

alma desse estilo de vida, como: a música, o graffiti, a

fotografia, o breaking e muito mais.

E o In Time Graffiti Writers?

Alinhado com a visão do In Time, este evento é voltado para o público que

curte o Graffiti em seus diversos segmentos, apresenta um formato

inovador, desde o suporte usado para a pintura, o local e até a forma de

participação dos artistas.

O evento In Time Graffiti Writers, surge com a proposta de trazer a

cultura do Graffiti em suas raizes culturais, onde escrever (ou desenhar) o

próprio nome com letras garrafais (Graffiti Writers) dentro de um

movimento urbano, (Hip-Hop), deu início a um movimento ártístico ainda

maior que se espalhou pelo mundo em diversos formatos.

O Graffiti, ainda, pode ser visto como um instrumento de transformação

social, que muda a rotina cinza das cidades, seja através de suas formas e

cores ou através da amizade de quem os cria!

A proposta é "democrática" os participantes deverão se inscrever por e-mail

com pelo menos uma foto de um trabalho realizado e caso haja um número

maior de inscritos do que os espaços e kits disponíveis, háverá sorteio, onde

só os inscritos que estiverem presentes participarão.

Para participar não é necessário ser um "profissional" ou veterano, o evento

é aberto a todos que já tiveram algum contato com o Graffiti.

A ação ocorrerá em uma praça pública e o suporte usado será o plástico

filme (PVC) envolvendo duas árvores, criando assim "muros" transparentes

e de face dupla, onde a tinta spray adere normalmente. (Após o evento os

plásticos serão descartados)

A estrutura criada para o evento atenderá os Escritores de Graffiti (Graffiti

Writers) fornecendo aos participantes um Kit-Pintura (contendo os materiais

necessários para realizar a pintura no espaço proposto, camiseta, e corão

chaveiro)

Contamos tabém com uma equipe (staff) preparada para atender qualquer

necessidade prevista na estrutura.



 “InTime Graffiti Writers”

Mostra de Graffiti em local público

Local - Praça Quinzio Jullio Rossi, s/n - São Bernardo do Campo – SP

Dia 05/04/15 das 09 as 17hs